quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mulher tentação


A indecência dos teus atos,
A loucura das tuas façanhas,
A incerteza de um beijo.
Há dúvida nos seus olhos,
Medo em meu olhar.
Não temos certeza,
Das certezas do mundo.
Se hoje vive em meus sonhos,
Acordo sozinho de manha.
Tua companhia é uma ilusão,
Que desfruto em momentos,
Pequenos, rápidos, sem tempo.
Teus lábios são pura tentação,
Sua paixão um fogo sem noção.
Não há como desvendar mistérios,
Que habitam nesses olhos verdes.
O que tens de profundo,
Leva-me ao fundo,
De um doce veneno.
Quando provo um pouco de você,
Acabo sem rumo,
Perco a razão,
Não sei do destino,
Apenas concluo,
Que você é meu sonho,
Que não desejo acordar.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma dose


Todas as doses me levam para seu quarto,
Embriagado no seu corpo.
Se é dia ou noite,
Nem percebo as horas.
Perdido em suas curvas,
Em seu puro pecado,
Minha dose de você,
É a bebida da perdição.
Um vício,
Insaciável sem saída.
Não desejo sair,
Seu desejo é um mar de espanto,
Que enlouquece.
Mulher misteriosa,
De poucas palavras,
Seus sussurros são ordens,
Seus gemidos um orgasmo.
A cada toque, em cada noite ou dia,
Perdido no pecado carnal,
Apenas quero mais uma dose,
Dessa louca aventura que já conheço,
Mas nunca canso.

O fim do silêncio


No silêncio havia falta de palavras,
Expressões de sentimentos,
Que se mostravam adormecidos,
Entre caminhos da mente que desconhecemos.
Um labirinto de difícil saída,
A vida foi se fechando,
Num quarto quente,
Num mundo paralelo,
Isolado do mundo,
Criando fatos,
Inventando histórias,
Chorando mentiras.
Não gritava, gemia baixinho,
Com medo do escuro.
Não gritava, falava sussurrando,
Com medo de sentir medo.
No silêncio as palavras voltaram,
Mais fortes,
Mais sensatas,
Ou mais insanas.
Mantive o silêncio,
Mas o mesmo não apagou,
Os desejos de um louco,
De fazer suas loucuras,
Assim como de um amante de amar.
O fim do silêncio é a manifestação,
De cada palavra que volta a ser escrita.

Brilho do seu olhar


Quando não a tive em meus braços,
O brilho do seu olhar se foi,
Os dias escureceram.
Quando seu sorriso não surgiu,
Minha alma se perdeu.
O silêncio se manifestou,
E nenhuma palavra havia saído.
Em pensamentos vagos,
Perdidos num mar agitado,
Nada podia ver.
A lentidão do tempo,
A monotonia das horas,
O peito adormecido.
Se havia inspiração,
Foi consumida,
Se havia um toque de sedução,
Não há desejo.
Os dias passam,
Amanhece e anoitece,
A rotação igual de uma rotina,
Que não deveria existir,
E não havia,
Pois a diferença estava em você.
Nas conversas sem compromisso,
Nos beijos com ternura,
No toque com leveza,
Na beleza,
De um fogo de uma paixão,
Nem sempre proibida.