segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mulher misteriosa


Meu pensamento sempre se volta para você.
Em todo momento fico lembrando do seu sorriso,
Das tardes de desejo, das noites de solidão.
Por mais longe que vá, onde quer que durma,
É você que volta linda em meus sonhos.
Encontros hoje incertos, de uma antiga certeza,
De planos que deixamos para traz,
De sábados de risos e beijos adolescentes.
Domingos maduros, de olhares profundos.
Semanas de dias infindáveis,
Que acalmava meu peito quando chegava,
Perfumada, com malícia, provocando,
Puro instinto misturado com um sentimento puro,
Nesses anos nos amamos abertamente.
Agora os mistérios nos rondam,
Como se a revelação fosse um sinal de fraqueza.
Não relatamos nada importante,
Apenas te espero uma hora qualquer,
Que volte insinuando,
Para que enlouqueça de prazer.
Provoca por provocar, se satisfaz mas não por completo,
Joga um jogo perigoso,
Pois mesmo depois de todo prazer indescritível,
Acabamos deitados olhando,
Sentindo mas escondendo,
Fazendo de conta que foi só o sexo,
E não deixando transparecer,
Que por traz desse seu jeito difícil,
Ainda somos amantes que se amam,
Como éramos nos sábados e toda semana,
Como sonhamos e já não caminhamos juntos,
Mas sempre ligados por algo,
Que me faz retornar de longe,
E você bater minha porta,
Em uma hora qualquer.
Mesmo que negue algo além do desejo,
Joga dados que nos envolve,
E na sorte ou azar de uma jogada,
Nossos caminhos sempre se cruzam.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Linha da loucura

Há uma linha imaginária que separa os homens,
Onde o perigo se torna um amigo,
A falta de juízo não pertence a eles,
E a sua é a uma ótima companhia.
Há um lago fácil de atravessar,
Basta nadar rápido e não olhar para traz.
O que nos separa nunca foi à distância,
Nem mesmo a falta de tempo,
Nem sequer seus dias difíceis.
O que nos faz cruzar a linha,
Pode ser uma marca abstrata,
Um poder forte de liberdade,
Uma fuga da miséria da vida.
Aos loucos marcados, a dor,
Aos loucos que fugiram, a fome,
Porém aos loucos da liberdade,
Uma vida curta de descobertas,
De uma vida paralela e insana,
Perdida e de vadiagem, como diriam os normais.
Aos loucos da liberdade,
Estes que nascem para atravessar a linha,
Uma estrada nova se encontra,
Um papel em branco, uma tela sem pintura,
Estes insanos podem ver a poesia antes de escrever,
Podem enxergar a pintura numa tela vazia.
Almas inquietas, almas livres,
Por isso esses insanos criam o mundo,
Que volta a ser reinventado,
Para que a vida dos normais,
Seja desmontada e reconstruída,
Com as novidades da loucura.

A cidade que já não dorme

Mudando da ordem para o caos,
Na correria de um dia normal,
Preso no trânsito, com pressa pra chegar.
Se perguntar aonde desejo ir,
Não sei o porquê da pressa.
Em uma rua deserta e escura,
O desconhecido se esconde,
Um corpo imóvel no chão,
Gritos de socorro na janela ao lado.
Na cidade onde tudo parece tão claro,
Cai à noite e desperta o inesperado.
Nenhum olhar parece ser como se manifesta,
E as intenções podem parecer assustadoras.
O desconhecido, a impossibilidade de ver claramente,
O que assusta, também impressiona,
Traz a sensação de uma nova aventura,
Seja ela um perigo constante na madrugada,
Ou somente mais um despertar para o novo.
Nas incertezas da mente, tudo fica turvo,
Facilmente possível de se perder,
Em pensamentos imaginários de uma
Imaginação fértil.
Sensações que afloram num momento de adrenalina,
Sentidos aguçados para se prevenir,
Poder fugir mesmo sem ter para onde correr.
A cidade simplesmente cresce,
Já não dorme mais, incapaz de parar,
Paramos para pensar,
Que um dia poderíamos dormir.

Tempestade

Numa noite chuvosa de insônia,
Pensamentos correm depressa,
Na pressa de que o dia amanheça,
Na vontade de um descanso.
Nas dúvidas absurdas que surgem,
Idéias sem nexo criam fantasias.
No desejo de um rumo num caminho,
Perto do seu amor,
A tempestade assombra com sua fúria.
Gritos e sirenes regem a noite sombria,
Que parece interminável.
O gosto do café não é o mesmo,
As palavras saem confusas,
Mistura de solidão com pensamentos indecentes.
Um cigarro aceso, luzes apagadas,
Noções de horas perturbadas,
Naquele quarto que não parece o seu,
Que traz lembranças de fatos que não existem,
Os pensamentos se perdem no vazio,
Na carência de uma companhia,
Nos gemidos de dor,
Na respiração ofegante de uma fuga.
Nessa noite de tempestade,
Nenhum barulho é ouvido,
Nem pedidos de socorro.
O medo, a angústia, a ansiedade,
Misturam-se num ambiente fechado,
O ar não entra, mas o vento sopra forte,
E mesmo assim uma inquietação e delírios,
Criam imagens ou sombras que atormentam.
Mas a tormenta passa e o dia nasce,
O Sol traz a aparente tranqüilidade,
De um pesadelo daquela noite.

Nova morada

Quem nunca se assustou ao escolher um novo lugar para morar e que fosse barato, e não se assustou ao ver seu apartamento por dentro? É um choque traumatizante imaginar que poderia ali viver alguém. Mas nada que não se resolva limpando daqui, pregando dali.
            Nada como um toque feminino para que a nova moradia se torne mais aconchegante. Pedir uma ajudinha a uma amiga, mãe ou parente nessas horas pode ser um alívio para sair do sufoco.
            Depois de instalado, podendo fazer os próprios horários, receber as visitas que bem entender, nada melhor do que simplesmente sentar e relaxar. Verdade? Nem sempre, temos a vizinhança e seus mistérios, temos a rua, os barulhos e ruídos que saem sabe lá de onde. Decifrar cada som é uma tarefa árdua, mas não há nada tão gratificante como saber de onde vem. Assim volta o momento de tranqüilidade que havia sido interrompido por um instante, que pode levar horas.
            A vizinhança pode ser também um problema. Mas de personagens engraçados. Há uma velha senhora que sabe da vida de todos, inclusive dos horários e o que tomam no café da manhã, almoço e janta. Costuma contar dos filhos, netos conforme o assunto surge e repete as histórias demasiadas vezes, que fingimos não saber, mesmo tendo ouvido umas cem vezes. A vantagem é que podemos nesse breve instante pensar nas compras do mercado, do vazamento que atrapalha, e no fim da história apenas inventamos uma desculpa para entrar em casa e estar livre.
            Temos a turma da festa que nos finais de semana não nos deixa dormir. Som alto para se arrumar. Risos por não conseguirem abrir a porta quando chegam. Mas é compreensível, pois realmente torna-se uma tarefa difícil e torturante tentar entrar na própria casa e não conseguir encontrar o buraco da fechadura. A agonia vai aumentando na medida em que passa o tempo e nada de abrir. Se estamos acompanhados revezamos e rimos, acordamos a vizinhança, mas os risos causam mais risos. Sozinhos o pânico só aumenta, mas ao acertar a fechadura, abrir a porta e poder chegar ao banheiro é um alívio e tanto.  
            Há quem prefira ficar em casa, não conversar, não se relacionar, ou até mesmo passar o dia fechado sem sair. O famoso vizinho que sabemos que existe, mas nunca o vimos nem sequer sabemos o que faz. Geralmente rotulam de estranho.
            Enfim, há tipos para todos os gostos, existem milhares de rótulos e apelidos. O que mais assusta é chegar e passar as primeiras noites. Pois com o tempo, vemos pelo menos uma vez o escondido que não sai de casa, bebemos com os festeiros e já sabemos todas as histórias da senhora que as repete sempre. Acostumados com tudo isso, se torna tão normal que chegamos cansados do trabalho, jantamos, deitamos e estamos tranqüilos, é o nosso novo lar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desejo incontrolável

Você surge, nunca sei a hora.
Em instantes bate na porta e logo um beijo.
Não entendo suas intenções,
Mas sacio seus desejos.
Incontrolável, acontece,
Não há hora nem momento,
Simplesmente seduz ao chegar,
Deixa seu perfume e a saudade quando fecha a porta.
As horas já não importam mais pois sua presença,
É incerta como meus dias esperando revê-la.
Nos momentos de paixão a entrega é plena,
Para que logo nossos olhares fixos um no outro,
Vejam algo além de um instinto.
Um jeito diferente, sua falsa indiferença,
Minha paixão que se renova,
E vai morrendo a cada hora longe.
Para renascer quando nossos lábios se encontram,
E posso sentir você como sentia antes,
Até você bater a porta e ir embora.
Um prazer, um desejo, que você desperta,
Que aguça os sentidos e de repente,
Com o propósito de torturar vai embora.
Nem sequer um beijo,
Aquele que é tão quente na chegada,
Morre vazio na saída.
Escondendo sentimentos profundos,
Não arrisca novamente uma total entrega,
Enquanto vai me despindo com malícia,
Sem reação me deixa, pois seu desejo,
É somente saciar sua fome,
Deixar-me outra vez sozinho,
Perdido, com saudades,
Esperando que volte.
Mesmo sabendo que esconde o que sente,
Tenta apenas seduzir,
Me coloca nesse jogo perigoso,
Onde a idéia de saciar o desejo,
Possa se tornar uma paixão avassaladora.

Lugar incomum

Foi andando por ruas escuras,
Becos que desconhecia,
Onde poucos ousam entrar,
Que encontrei certo ar de conforto.
Na marginalidade caminhavam almas perdidas,
Fantasmas da noite que surgiam de repente,
Não assustadores como diziam,
Mas se mostrando de uma outra forma.
Mostrando o que as pessoas não querem ver,
Não querem ver a carência, mas também o sorriso,
Não querem ver que naquele desespero há um charme,
Uma mistura de sedução com tristeza.
Em cada olhar um novo mistério de uma história,
Que se esconde da luz do dia e se manifesta à noite.
Mesmo que estivesse perdido, não havia para onde ir,
O lugar certo para chegar, nem mesmo um caminho seguro.
A fumaça encobria os rostos em chamas incandescentes,
As luzes refletiam nos olhos dispersando encanto,
Por esse mundo, estranho, agitado, perturbado.
Um vício que aumentava a cada dose,
Mas não havia solidão, nem mesmo medo,
Era uma noite comum, onde o caminho escolhido foi outro,
E nessas fantasias é que havia a magia que tornava,
O que havia de perturbador em poesia de vidas estranhas,
Era apenas um lugar incomum.

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma chance para te sentir


Amanheceu um novo dia,
Parecia estranhamente triste.
Entre dúvidas e explicações,
O que era bonito se estragou.
A dor da perda, o aperto da distância.
Nem mesmo o Sol apareceu nesta manha,
Pois não havia mais razão para iluminar.
Mas o dia passou e a dor foi se transformando,
Em novas possibilidades, em outra tentativa.
O passado se mostrou desastroso,
O futuro me parece promissor.
O que nasceu e cresceu,
Como um sentimento puro e belo,
Não morre com pequenos desencontros,
Somente fortalece a vontade
De poder te ver ali,
Mais linda que nunca,
Com uma vontade ainda maior de sentir,
Essa paixão que não irá embora junto
Com o vento que sopra forte hoje.

Desejo carnal


Naquela noite em que as estrelas não brilhavam,
Senti teu perfume ao te abraçar forte.
Senti o medo do desconhecido,
Parecendo um sonho surreal,
Beijei teus lábios, um beijo intenso,
Cheio de pecado, tristeza, ofensas.
Uma noite escura, cheia de aventuras,
O calor vinha dos teus olhos que me encaravam,
Teu calor vinha da sua pele que exalava desejo.
Tensão, risos, o fim do mundo, apenas uma loucura,
A fuga daquilo que é normal, correto, burocrático.
Era o fim de tudo,
Um beijo, carícias, pele com pele,
Era o fim sem começar.
Eram seus olhos vazios que pediam socorro,
Era meu peito sufocado clamando por ajuda,
E você veio, do meu lado te senti,
Mesmo perdido num mundo novo,
Mergulhei na indecência dos teus prazeres.
Para que depois que tudo passasse,
Pudesse me encontrar em meio a esse desejo carnal.

sábado, 18 de setembro de 2010

Sonhos e pesadelos

Esta noite sonhei com você,
Sentia que estava te perdendo.
Que não sentiria mais seus beijos doces,
Nem sua pele macia.
Acordei desesperado em não ouvir mais sua voz,
Atormentado por não ver seu sorriso todo dia.
Percebi que de tantos erros que cometi,
Não fui capaz de acompanhar um anjo.
Que surgiu de repente,
E em meu peito deixou marcas.
Que tenha sido apenas um pesadelo,
Pois a leveza desta manha nublada,
Toma conta de mim,
Como se estivesse mais próximo de você.
O pesadelo passou,
Para que o sonho real volte a nos aproximar,
Como dois amantes,
Unidos pelo destino,
Feitos para durar,
E que não poderia acabar,
Nossa paixão sempre tão acesa.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Informação manipulada

Informação manipulada no noticiário,
Tradução incorreta dos fatos.
Nem tudo é o que parece ser,
Não foi exatamente assim que aconteceu.
Chovia muito e fazia frio,
Não havia nada capaz de aquecer,
Era uma informação distorcida,
Quando colocaram a foto no jornal,
Ao ser divulgada a notícia,
Era muita informação,
Com poucas respostas convincentes.
Eram choros e gemidos,
Sentia-se fome e desespero,
Não havia um anjo salvador,
Nem mesmo uma saída para a dor.
A criação dirigida com pretensões,
Já não eram mais palavras sinceras,
Pois o menino cresceu e perdeu a inocência.
Os fatos já não importavam,
Sua vida foi perdida numa esquina,
Quando sua ilusão acabou num sonho perdido.
Seu mundo não mudou ao tentar mudar o mundo,
Nem mesmo sua voz foi ouvida,
A inocência havia morrido,
O menino cresceu para gerar fatos pesados,
E dos seus pesadelos,
Criou novas versões para histórias velhas,
Apenas não soube acreditar no que contava,
Assim perdeu a paz que carregava no peito.

Cual fue tu paraíso hoy?


Mi paraíso hoy fue,
Estar junto de ti,
Perdido nas ruas da cidade,
Despreocupado, desprendido, leve.
Mi paraíso hoy fue,
Sentir o perfume do seu cabelo,
Quando deitou a cabeça em meu ombro.
Foi ter vivido esse presente divino,
Repartir, dividir, sonhar.
Mi paraíso hoy fue,
No brilho do seu olhar,
Encontrar conforto para alma.
Foi ouvir seus suspiros de desejo,
E à noite sentir o calor do seu corpo.
Neste meu paraíso hoje,
Já não havia mais dor,
E o medo desapareceu.
Longe ou perto dos teus carinhos,
Sempre terei este paraíso,
Que procurava e me perdia,
Que já não mais sonhava.
O que vejo a seguir,
É esta pergunta diária,
Respondida com versos atrapalhados,
Pois a razão não controla mais as palavras.
Apenas um sentimento puro e sincero,
Pois você foi meu paraíso hoje.

Ternura


Na leveza das palavras,
Sentindo o conforto de um sentimento puro,
Perdido entre razões que não explicam a razão,
Dessa pureza que parece um vício.
Esperar, voltar a sonhar,
Com um olhar que mostre o que há de belo,
No sentido das emoções, das paixões que chegam.
Um caos, uma confusão,
Um luta com o coração, em dizer não.
E basta que diga, te gosto.
As músicas soam bem aos ouvidos,
E fazem imaginar,
Que o gosto dos seus lábios são como o néctar dos deuses.
Que cada toque é tão suave e sensual que causam inveja aos anjos,
Que sentir teu perfume é um caminho para se embriagar,
Nos seus segredos, um risco para enlouquecer.
Mas tudo é tão calmo, como um dia num lago perto das montanhas.
Não há nada que faça pesar,
Apenas seus olhos quando revelam quem é,
E quando neles sinto que me encontrei.
Perdido até agora, tentando encontrar um sentido,
Dentro da razão, logicamente,
Ao ver as expressões, passo a sentir um certo frio,
Que vem da beleza que tens na alma,
E da vontade que tenho em desfrutar,
Ao seu lado...
Dessa beleza que se revela em sonhos tão reais.

Vontade com saudade


Vontade de querer teus beijos,
Saudade sem saber por quê.
Em cada palavra que dissemos,
Nos descobrimos amantes.
Invade nosso ser, essa vontade,
Misturada com saudade.
Não tente ser racional,
Não vamos tentar explicar.
Essa vontade é pura com toque de provocação.
Esta saudade complementa nossa vontade.
Juntos, próximos, em versos, nos pensamentos,
Um emaranhado de sensações provocadas por encontros,
Por diálogos que falam de amor.
Sem medir palavras,
Revelamos medos, aspirações, desejos.
Um pouco inseguros, acreditamos,
Que além junto com a vontade vem a saudade.
O destino guardando seu melhor momento,
Para que nossos olhares se encontrem e nossos lábios beijem,
E nossas almas possam transcender.

Devaneio


Por essa estrada estranha que traço meu caminho
Nada é novidade, acho que já passei por aqui.
Se já perdi a cabeça foi sem querer,
Se não abri a janela num dia de Sol
E corri na chuva procurando uma razão,
Só queria me molhar enquanto todos se escondiam.
Só tentei entender os motivos que criam os fatos.
Acordei já era noite, acendi um cigarro,
Olhei para o vazio,
E ali encontrei uma solução
Para não sentir mais dor.
Era apenas uma alucinação,
Um delírio inconstante,
Pedindo socorro,
Em silêncio,
E não havia nada mais a ser dito.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Jogo do destino


Quando penso que você desapareceu,
O telefone toca e ouço sua voz.
Toda vez que penso que chegou o fim,
Vem você tentar algo novo.
Quando sinto que foi uma história do passado,
Você me traz as boas lembranças
E me faz pensar que ainda não terminamos.
Quando diz que não se importa,
Sinto que quer estar perto.
Ao dizer palavras que afastam,
Sinto-me ainda mais próximo.
Quando a dúvida do que sentimos,
Mistura-se com o desejo de estarmos juntos,
E ao mesmo tempo lutando para não haver apego,
A melhor parte é sempre te sentir,
Te abraçar, beijar, sentir seu perfume.
Às vezes basta ouvir sua voz,
Ou ver seu rosto, e olhar no fundo dos seus olhos,
Mais uma vez somente.
O que parecia tão certinho tornou-se loucura,
Encontros e desencontros,
Um jogo do destino.
Os laços foram jogados a própria sorte,
Parece loucura, parece doer,
Quando na verdade estamos apenas nos conhecendo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Minha pestinha


Sei que foi apenas um “oi”.
Um “oi” que despertou sentimentos novos.
Não apenas numa noite, mas em tantas outras,
Até ver seu olhar, e permanecer estático,
Num momento infinito.
Era um olhar profundo,
Era um jeitinho que encantava.
Tornou-se impossível fazer mais do que te olhar.
Quando senti você corresponder um olhar proibido,
Percebi que estávamos tão perto,
Que os suspiros transcendiam os empecilhos.
Te vi assim como a mim, apaixonado,
E que daquele dia em diante não poderíamos,
Pelo menos dizer um olá novamente.
Foi pelo jeito meigo, misterioso, sublime,
Que encontrei em você um anjo,
Me acompanhando mesmo longe,
Em pensamento,
E neles imaginamos uma série de cenas,
Que despertaram um desejo incontrolável,
De pelo menos trocarmos olhares.
Mesmo que o proibido ainda nos proíba,
Ainda desejo sentir teu perfume,
Te ter em meus braços e abraços,
Num dia qualquer,
Em que nossos caminhos o destino,
Cruze novamente.