quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Distância entre amantes



Distância,
Cruel e maléfica sina dos amantes.
Causadora de uma imensa saudade,
Dos dias em que sentia seu corpo.
Menina doce,
Mulher imprevisível,
A ti aos poucos entreguei meu coração.
Não tenho certeza das dores futuras,
Tampouco sei do nosso futuro.
Fomos amantes,
Somos cúmplices de nossos crimes,
Somos o complemento da compreensão,
Dessa ebulição de sentimentos.
Sonho em te tocar novamente,
Sonho em ver nos seus olhos,
O brilho que ofusca minha razão,
Para que assim me entregue,
Aos teus caprichos
Como um adolescente inconseqüente.

domingo, 14 de outubro de 2012

O doce sabor do teu desejo



Um beijo intenso,
Repleto de poesia,
Tocava indecentemente meus lábios.
Um olhar destilando rimas românticas,
Atingiam minha alma,
E o peito se enchia de ar perfeito.
Tua pele macia,
Uma tentação aos olhos,
Uma perversão no toque.
Dos pés à cabeça te senti,
Com tamanha intensidade,
Que uma parte do paraíso se manifestava,
Em forma humana.
Teu desejo insaciável,
O cheiro de mulher incansável,
Faziam-me sentir um ar de adolescente,
Descobrindo novidades,
Provocando sensações,
Aguçando os sentidos,
Apurando os sentimentos.
O doce e belo impregnado em ti,
Embriagavam-me.
As malícias me hipnotizavam,
Deixando-me sem palavras,
Para hoje descrever,
O doce sabor do teu desejo.

Reunião forçada



Um fato marcante nos dias atuais e que se tornou alvo de estudos e críticas de todo lugar do mundo, seja em revistas, jornais ou debates na televisão com uma série de especialistas é a atual tecnologia e sua forma de comunicação.
            Internet, televisão interativa com uma série de canais, aparelhos eletrônicos com recursos cada vez mais sofisticados, conforme dizem os especialistas afastaram as pessoas, as famílias dentro da mesma casa que já não se reúnem para realizar atividades juntos. Toda essa mudança se tornou alvo de críticas e podemos concordar que de certa forma as mudanças nesse âmbito modificaram a dinâmica das relações.
            Realmente chegamos ao absurdo de pais e filhos se comunicarem por mensagem de celular estando na mesma casa, porém em quartos diferentes. Ou amigos sempre conectados à internet, onde é mais fácil falar com eles online do que ao vivo.
            Porém existem fatores que modificam toda essa dinâmica de forma drástica. Dois deles são fatais para proporcionarem um encontro forçado entre pessoas com o mesmo interesse, as mesmas reclamações e as mesmas risadas em função do transtorno. A falta de luz e a “rede” caírem junto. Sem comunicação, sem luz, as pessoas saem de suas casas, saem de suas prisões e mundinhos e encontram outras pessoas.
            Certamente o assunto começa com a reclamação do serviço prestado pela companhia responsável e se estende pelo tempo, futebol e atualmente pela política.
Nesse momento esse contato não sofre interferências, pois a televisão, a internet, o celular estão “desativados”.
            Um bom motivo para sair para rua, ficar na calçada, e conversar com a pessoa mais próxima. Qualquer assunto é interessante, pois o contato pessoal se tornou tão difícil que o maior absurdo dito rende uma boa conversa.
            É notável como nos tornamos mais especializados em nossas áreas de trabalho e mais burros em relação a uma visão global de mundo mesmo tendo o mundo na frente de uma tela.
            O fato é que o interessante e que chama a atenção, não é a informação que nos faz pensar, nos leva a refletir, mas sim as redes sociais que mostram fotos, acesso a bate papo, e piadinhas para passar o tempo. Não buscamos conhecimento, temos a curiosidade pela vida alheia. E isso que move e enriquece os criadores dessas redes.
            A luz volta, o sinal da internet está normalizado e a vida continua. Aquela conversa é esquecida e voltamos para nosso pequeno mundinho digital.

sábado, 13 de outubro de 2012

Onde está seu candidato hoje?



Como é interessante a época de campanha eleitoral. Os candidatos fazem visitas na sua casa, ligam para você e te tratam como um amigo íntimo. E depois? Onde eles se escondem? Tudo bem que a posse do cargo será no próximo ano, porém a dúvida que fica: e aqueles que não foram eleitos desistiram da cidade até a próxima eleição?
            Mudanças só podem ser feitas se o bolso estiver cheio de dinheiro por pelo menos quatro anos?  Do contrário a cidade não merece uma voz que tente colocar em prática as melhorias prometidas em campanha, ou somente exercendo cargo público se faz mudança?
            Você já tentou falar com seu candidato hoje? Pode ser que tenha tentado, mas certamente não o encontrou. Deve ter deixado algum recado, mas certamente ele não respondeu.
            Talvez seja necessário esperar as próximas eleições e assim teremos uma chance de rever aquele que se diz amigo, que te visita em casa, que te telefona, que não esquece de você. Será o que voltará a se preocupar novamente com a cidade.
            Até lá ficamos contando com a sorte, esperando as promessas de sempre não serem cumpridas e continuaremos pagando seus altos salários.
            A grande questão que fica é: quem perdeu era tão mesquinho a ponto de ter o ego afetado que não é capaz de fazer nada? A cidade fica esquecida, nós torcemos para que ela melhore como se nos fosse feito um favor?
            Quem sabe nas próximas eleições me candidate. Prometo roubar e não ser preso. Também me tornar amigo de todos e depois abandoná-los, não me importar com a cidade em nenhum setor, inclusive o que mais necessita de ajuda.
            Prometo gastar o dinheiro público passando férias numa praia paradisíaca e voltar bem bronzeado. E por fim, não prestar contas, usar de tráfico de influência e me reeleger para fazer tudo de novo, porque estarei bem mais rico por mais quatro anos.