Um fato
marcante nos dias atuais e que se tornou alvo de estudos e críticas de todo
lugar do mundo, seja em revistas, jornais ou debates na televisão com uma série
de especialistas é a atual tecnologia e sua forma de comunicação.
Internet, televisão interativa com
uma série de canais, aparelhos eletrônicos com recursos cada vez mais
sofisticados, conforme dizem os especialistas afastaram as pessoas, as famílias
dentro da mesma casa que já não se reúnem para realizar atividades juntos. Toda
essa mudança se tornou alvo de críticas e podemos concordar que de certa forma
as mudanças nesse âmbito modificaram a dinâmica das relações.
Realmente chegamos ao absurdo de
pais e filhos se comunicarem por mensagem de celular estando na mesma casa, porém
em quartos diferentes. Ou amigos sempre conectados à internet, onde é mais
fácil falar com eles online do que ao
vivo.
Porém existem fatores que modificam
toda essa dinâmica de forma drástica. Dois deles são fatais para proporcionarem
um encontro forçado entre pessoas com o mesmo interesse, as mesmas reclamações
e as mesmas risadas em função do transtorno. A falta de luz e a “rede” caírem
junto. Sem comunicação, sem luz, as pessoas saem de suas casas, saem de suas
prisões e mundinhos e encontram outras pessoas.
Certamente o assunto começa com a
reclamação do serviço prestado pela companhia responsável e se estende pelo
tempo, futebol e atualmente pela política.
Nesse momento
esse contato não sofre interferências, pois a televisão, a internet, o celular estão
“desativados”.
Um bom motivo para sair para rua,
ficar na calçada, e conversar com a pessoa mais próxima. Qualquer assunto é
interessante, pois o contato pessoal se tornou tão difícil que o maior absurdo
dito rende uma boa conversa.
É notável como nos tornamos mais
especializados em nossas áreas de trabalho e mais burros em relação a uma visão
global de mundo mesmo tendo o mundo na frente de uma tela.
O fato é que o interessante e que
chama a atenção, não é a informação que nos faz pensar, nos leva a refletir,
mas sim as redes sociais que mostram fotos, acesso a bate papo, e piadinhas
para passar o tempo. Não buscamos conhecimento, temos a curiosidade pela vida
alheia. E isso que move e enriquece os criadores dessas redes.
A luz volta, o sinal da internet
está normalizado e a vida continua. Aquela conversa é esquecida e voltamos para
nosso pequeno mundinho digital.