quarta-feira, 16 de março de 2011

Descaso

Não iria adiantar se eu chorasse,
Nessa noite de insônia.
Não poderia gritar,
Nem sequer telefonar.
Toca o telefone, está mudo.
O grito não sai,
O silêncio da madrugada assusta,
À espreita ninguém está,
Estamos trancados.
Dormir e não acordar,
Sonhar o absurdo,
Tentar dizer que foi por acaso,
E que o acaso terminou.
Em meio ao caos,
De um lugar desigual,
A dor não incomoda,
O choro não emociona,
A conquista é apenas uma manchete.
De amores e paixões,
O prazer não se satisfaz,
Com as mentiras,
Iguais de tantas iguais.

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