terça-feira, 7 de junho de 2011

Selva de pedra


No meio de uma selva de pedras,
Um turbilhão de pensamentos,
Querendo fugir,
Para um lugar tranqüilo.
Em meio ao caos,
Construo os fatos do dia,
Reinvento histórias,
Vivo o inevitável.
Nada pára,
Não há silêncio,
Pois o silêncio assusta,
E a selva emite seus ruídos.
Gritos, sirenes, batidas,
Nada pode parar no caos.
Organizados caminhamos,
Por ruas largas ou estreitas,
Becos escuros,
Procurando um sentindo,
Para nossa solidão.
Na porta ao lado,
Ninguém atende,
O telefone está ocupado,
Em meio ao caos,
Tudo se organiza,
Tudo se afasta,
Como uma fuga,
Da própria criação,
Que seria o ideal.
Mesmo que caia a noite,
Os acontecimentos não cessam,
Nem mesmo o perigo que cerca.
Mas é somente mais um dia,
E uma noite,
Numa selva de pedra.

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