A indústria farmacêutica sempre obteve excelentes
lucros com novas drogas no mercado e uma das especialidades médicas mais
lucrativas foi a psiquiatria. Por muito tempo considerada uma pseudociência, já
possuía medicamentos e tratamentos dolorosos aos seus pacientes.
Quando
se tornou um ramo da medicina as indústrias investiram pesado, pagando
psiquiatras de renome para vender sua nova droga. E com o passar do tempo e a
perda das patentes novas drogas eram lançadas no mercado.
Porém
as indústrias tinham seus medicamentos aprovados pelos órgãos responsáveis, mas
os testes eram alterados ou feitos de forma duvidosa. Num primeiro momento um
grupo de três mil pessoas participava dos testes. Num segundo momento um grupo
de quinze e num terceiro um grupo de cinco. Se dois desses testes fossem
positivos a droga era aprovada.
Durante
o lançamento dessas drogas não se falava muito nos riscos colaterais e somente
o alerta era dado quando a medicação perdia a patente. Foi o caso da Sertralina
que em alguns pacientes deixou marcas irreversíveis e na bula constava que
havia o risco de suicídio, porém isso apenas apareceu após o laboratório
responsável perder a patente do medicamento.
Havia
também na época em que Freud
tratava seus pacientes um laboratório interessado em criar uma medicação
baseado na cocaína. Entre tantos medicamentos que foram propostos e sempre com
o respaldo de psiquiatras famosos e bem pagos para divulgá-los em palestras e
congressos.
Os
medicamentos foram mudando, o tratamento hoje praticamente é a base de drogas
que afetam o cérebro e cada vez mais vem surgindo novos para que o faturamento
dos laboratórios aumente.
Um
fator que contribuiu bastante foi o fato de que entrar num consultório
psiquiátrico se tornou sinônimo de sair com algum transtorno. Por exemplo, o
manual de doenças mentais que a cada nova edição aumenta os distúrbios passou a
chamar a timidez de transtorno de fobia social.
Outro
fator e talvez o mais grave seja o fato de laboratórios oferecerem vantagens,
presentes, viagens a médicos mal intencionados que vendem determinado
medicamento somente por essas vantagens e generalizam para todos os pacientes
que aquela medicação é adequada para seu transtorno.
Por
fim, em alguns casos não é necessário o uso de antidepressivos, uma dieta
saudável e exercícios físicos são suficientes para que o cérebro equilibre suas
funções normais.
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