Compreender o
mundo globalizado, hoje interagindo com o ciberespaço, um mundo sem fronteiras,
onde se formam redes sociais, contatos entre pessoas desconhecidas e acesso a
informações errôneas ou manipuladas, nos faz pensar a respeito da sociedade
como organização em si.
O indivíduo que pertence a ela e ela
pertencendo ao indivíduo, levantam questões que chamam a atenção de filósofos e
sociólogos do mundo todo para uma nova barreira, uma nova “verdade” chamada de
virtual. O que temos é um contraste que passa por diversos âmbitos da sociedade
e que nos faz pensar como se sustentam tais redes. De que maneira se formam e
as proporções que tomam?
Se analisarmos hoje temos uma gama
de informação sendo transmitida de forma rápida e em tempo real sobre
acontecimentos nos locais mais distantes do mundo. A mídia em si vem se
tornando tão próxima da realidade, que hoje tornou-se e com os avanços
tecnológicos cada vez mais em tempo real.
Ao pensarmos que passam em tempo integral conectadas com os inúmeros
mecanismos tecnológicos, percebemos que há uma aproximação da realidade em
tempo real, tornando a comunicação instantânea e nós inseridos nesse emaranhado
de informações que surgem, se tornam verdadeiras. Mas onde delimita-se hoje o
virtual do real uma vez que estamos conectados em tempo integral?
Transmitir a informação, sustentar a
máquina que é capaz de levar pacotes de informação a qualquer lugar, nos faz
refletir sobre a realidade que vemos e a que supomos existir, nos remetendo a
teorias de filósofos antigos.
Dentro desse contexto analisamos o
indivíduo como ser pertencente a um mundo imaginário, mas que tomamos como real,
em contrapartida temos um novo mundo, chamado virtual que transforma essa
realidade ilusória numa realidade que supomos verdadeira.
Tornou-se uma grande teia, como já
estudavam especialistas em cibernética, biólogos e físicos a respeito
primeiramente dos autômatos, de novos mecanismos reguladores. Ao lembrar da
evolução desses estudos e analisando que sugeriu-se que desde o Universo quanto
partículas minúsculas possuem uma interação, e afirmou-se que não se poderia
dividir as partes para se compreender o todo, mas analisar as partes e as
interações entre elas e com o ambiente para que se possa chegar a uma conclusão
mais precisa do organismo analisado.
São como grandes teias, assim como
as redes sociais envolvem indivíduos que estão envolvidos com as influências do
ambiente, assim como sua interação com pessoas no cotidiano, vemos ainda uma
rede que funciona sem limites, e em nível virtual e que também interage com os
indivíduos que dão forma e vida a estas redes.
O que levanta a seguinte questão:
como interagir em redes sociais? Como se organizam de forma que o virtual
invade fortemente a ilusão do mundo real? Seria uma nova ilusão de mundo? Uma
fuga para transformar-se em alguém que possa estar escondido atrás de uma tela
e assim possa interagir sem as limitações que as regras de boa conduta e
formalismo nos obrigam a agir no cotidiano?
Sempre tivemos a idéia de que a
globalização tornou-se mais forte com o ciberespaço, mas como entender a
infinidade de redes sociais que tratam dos mais variados temas, sejam alguns
banais, outros com questões profundas a respeito mesmo da própria filosofia?
Uma ferramenta poderosa que surgiu
para conectar cada vez mais as pessoas, tornando o acesso imprescindível e para
alguns inevitável. Um novo comportamento que exige uma análise qualificada de
pensadores para a era “pós moderna” tornaria o debate interessante na medida em
que as redes não param de crescer e não há somente a troca de informações
inúteis e mesmo que sejam, uma análise a respeito do que ela realmente é
composta, dos indivíduos, do meio, das interações que o indivíduo tem nessa
grande teia que hoje já confunde o real com o virtual cada vez mais, como
podemos ver em termos de informação.
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