terça-feira, 21 de setembro de 2010

Linha da loucura

Há uma linha imaginária que separa os homens,
Onde o perigo se torna um amigo,
A falta de juízo não pertence a eles,
E a sua é a uma ótima companhia.
Há um lago fácil de atravessar,
Basta nadar rápido e não olhar para traz.
O que nos separa nunca foi à distância,
Nem mesmo a falta de tempo,
Nem sequer seus dias difíceis.
O que nos faz cruzar a linha,
Pode ser uma marca abstrata,
Um poder forte de liberdade,
Uma fuga da miséria da vida.
Aos loucos marcados, a dor,
Aos loucos que fugiram, a fome,
Porém aos loucos da liberdade,
Uma vida curta de descobertas,
De uma vida paralela e insana,
Perdida e de vadiagem, como diriam os normais.
Aos loucos da liberdade,
Estes que nascem para atravessar a linha,
Uma estrada nova se encontra,
Um papel em branco, uma tela sem pintura,
Estes insanos podem ver a poesia antes de escrever,
Podem enxergar a pintura numa tela vazia.
Almas inquietas, almas livres,
Por isso esses insanos criam o mundo,
Que volta a ser reinventado,
Para que a vida dos normais,
Seja desmontada e reconstruída,
Com as novidades da loucura.

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