Numa noite chuvosa de insônia,
Pensamentos correm depressa,
Na pressa de que o dia amanheça,
Na vontade de um descanso.
Nas dúvidas absurdas que surgem,
Idéias sem nexo criam fantasias.
No desejo de um rumo num caminho,
Perto do seu amor,
A tempestade assombra com sua fúria.
Gritos e sirenes regem a noite sombria,
Que parece interminável.
O gosto do café não é o mesmo,
As palavras saem confusas,
Mistura de solidão com pensamentos indecentes.
Um cigarro aceso, luzes apagadas,
Noções de horas perturbadas,
Naquele quarto que não parece o seu,
Que traz lembranças de fatos que não existem,
Os pensamentos se perdem no vazio,
Na carência de uma companhia,
Nos gemidos de dor,
Na respiração ofegante de uma fuga.
Nessa noite de tempestade,
Nenhum barulho é ouvido,
Nem pedidos de socorro.
O medo, a angústia, a ansiedade,
Misturam-se num ambiente fechado,
O ar não entra, mas o vento sopra forte,
E mesmo assim uma inquietação e delírios,
Criam imagens ou sombras que atormentam.
Mas a tormenta passa e o dia nasce,
O Sol traz a aparente tranqüilidade,
De um pesadelo daquela noite.
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